A música encanta, nos deixa sem palavras e impressiona. E na noite deste sábado (13), o público que praticamente lotou o Grande Teatro da Sociedade Cultura Artística (Scar), em Jaraguá do Sul, ficou impressionando com a rapidez que os dedos passaram por todas as regiões do piano, que ganhou destaque ficando à frente da Orquestra Filarmônica. 

O concerto “Expressões”, que abre a temporada do ano da orquestra, foi dividido em duas partes. 

Na primeira parte, que foi das 20h17 às 20h50, os músicos regidos pelo maestro Jorge Scheffer, tocaram Finlândia de Jean Sibelius; Nimrod de Edward Elgar; Ave Maria de Franz Schubert, que foi cantada pelo barítono Luis Asmat Ramírez e Intermezzo – Cavalleria Rusticana de Pietro Mascagni. 

Barítono Luis Asmat Ramírez, interpretando Ave Maria de Franz Schubert (Foto: Camila Silveira/Cultura Escondida)

Para a segunda parte, foi feito um intervalo de dez minutos. Os músicos saíram do palco para que fosse feita a movimentação do Steinway que já estava no palco, mas atrás dos violinos, para a frente. 

Com o piano alemão posicionado em seu devido lugar, a orquestra entrou no palco às 21 horas. Pouco tempo depois, entrou a solista convidada, a pianista russa Olga Kopylova, seguida do maestro. 

A pianista tocou o Concerto para Piano em Lá menor de E. Grieg. A música, finalizada em 1906 durante o período do romantismo, tem três movimentos. A peça tem dificuldades técnicas de todos os tipos, desde passagens rápidas em oitavas, acordes, terças e cadenzas virtuosas e Olga tocou o concerto sem a partitura. 

Olga é formada no Conservatório de Tchaikovsky e foi a principal pianista solista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) de 2000 a 2024. Segundo a pianista, solar essa música com orquestra é um sonho de cada intérprete. 

“Quando toco este concerto, sinto muita emoção e paixão. Ele envolve você por completo desde o início, desde a primeira passagem. É um concerto muito bem construído na questão de forma. Tem momentos de extrema dramaticidade e outros muito lirismo. ⁠Eu nunca toquei essa peça antes, por isso estou feliz com a oportunidade de estudar essa grande obra e acredito que será uma experiência memorável, justamente por estreá-la com uma orquestra de jovens”, comenta. 

Quando a performance terminou, o público pediu bis, que foi tocado somente por Olga no piano. Foi 1:47 de puro êxtase. 

(Foto: Camila Silveira/Cultura Escondida)

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